Mais um dia dos namorados está chegando. Mais um dia prá eu comemorar a minha doce e alada liberdade de encalhada solteira, mais um dia prá eu não ter ninguém prá regular o tamanho da minha saia nem o diâmetro do decote, mais um dia onde eu tenho certeza que a pessoa mais importante do meu mundo sou eu mesma e que eu jamais seria capaz de terminar um namoro comigo mesma porque caiu na rotina ou porque eu peguei eu mesma na cama com uma piriguete qualquer...
Aaaah, a solterice... nada de músicas bregas enchendo meus olhinhos de lágrimas, nem de coisos horrendos de pelúcia, em forma de coração com braços (?! what the fuck...?), nada de demonstrações públicas de afeto que possivelmente me deixariam mais vermelha que meu cabelo...

Acho que eu sou uma das raras garotas do mundo que não reclama da falta de namorado. Prá que ficar com um só se eu posso enrolar cinco ao mesmo tempo? Prá que se apaixonar e ter um tantão de dor de cabeça? Isso sem contar as dores de coração, que são piores ainda.

Eu tive um namorado na vida que durou mais de três meses na minha mão, e que mesmo assim eu não conto como namorado "oficialmente" porque não foi namorado "oficialmente".
A gente se conheceu pela internet. Incrivelmente, a Bel-pegadora-cretina-galinha foi se apaixonar justamente via internet por um cara que morava loooonge. Tem gente que acha bobeira. Eu não acho. Só acho que a possibilidade de dar errado é infinitamente maior, mas mesmo assim, a possibilidade de dar certo e durar anos também é enor♥me.
O cara me traumatizou foréva. Possivelmente, os dez meses menos bem-aproveitados da minha vida.
Sabe aqueles fake profiles do orkut?
Então, ele era um deles.
Eu fico me achando maior tonta quando lembro, mas aí lembro que minha mãe conhecia o cara, minha irmã idem, minhas primas, minhas amigas, o cara tinha blog, flog, glog, klog, orkut, foto com a "banda" dele... vejo que ele tapeou TODO MUNDO, e aí percebo que a questão não é que eu sou tonta. O cara que era um doente, mesmo.

Depois dessa experiência traumatizante inovadora, raras vezes sosseguei. Virei uma paranóica sem coração. Aprendi a ter cautela com todas as pessoas que conheço e, segundo a minha irmã, eu sou uma cadela que pula fora quando o rolo começa a ficar sério garota difícil de me apegar.

Mas vejam pelo lado bom! Primeiramente, eu sou feliz assim. MUITO feliz. Em segundo lugar, é dessa forma que eu tenho muitas históras hilariantes e ridículas prá contar prá vocês.
Oras, vale a pena, cara!