Éee, broxei.
Brega ou não, a minha últida estrofe (vide post abaixo) é praticamente um plágio de outra poesia, que fala "metade de mim é amor, e a outra metade também".
Já é a segunda vez que isso me acontece, de eu escrever algo que me parece genial na hora, mas alguém já ter feito isso antes.
Por exemplo quando eu escrevi uma poesia que começava com "eu canto porque o momento existe". Não lembro direito se era "eu canto", pode ser também que eu tenha escrito "eu sonho" ou "eu deliro", o que interessa é que a Cecília Meireles já cantou porque o momento dela já existiu e ELA ganhou os créditos por essa solene frase, e não eu.
Fazer o que? Quando há duas boas idéias repetidas, ganha quem chega antes.
(o fato de ela ser uma escritora fodona e inteligente nem conta, imagina)
O que me consola é que não sou a única a sofrer desse tipo de broxamento mental. Diz a lenda que
um cara aleatório aí teve a genial idéia de escrever um livro em que, durante a narrativa, ele dialogasse com o leitor, falasse diretamente com ele.
É triste que Machado de Assis não tenha morrido de paralisia infantil ou atropelado por um carrinho de sorvete.
Eu ia poder ser a ex de um escritor famoso =~
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Os links para os blogs que eu leio/gosto/bláblá estão arrumados, finalmente. Prá variar, tem linkado muito blog que só fui uma vez, mas me apaixonei. Ou blogs em que os donos possam até me achar fútil e medíocre, mas que continuo achando incrível o que eles escrevem.
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Já repararam que tem livro que parece que o mundo inteiro já leu e que, se você não leu, você parece burro?
Exemplo 1: Nietsche (e eu sei lá como se escreve isso?) - O Anti-cristo. Parece que o mundo inteiro já leu, todos meus amigos já leram e, quando eu falo que não li, eles fazem uma cara... como se eu tivesse acabado de falar "na verdade eu nasci homem e troquei de sexo quando tinha 15 anos. olha minha piroca aqui". Eu nunca li, mas confesso que tenho vontade.
Exemplo 2: Dostoiévski - Crime e castigo. Eu juro que tentei. Comecei, enrolei, cheguei na metade, comecei de novo. Mas conclui que o livro faz parte do realismo russo. REALISMO RUSSO, porra. Se realismo em português já é complicado, o que tu me fala do russo?! Juro que até 2010 termino de ler.
Exemplo 3: Huxley - Admirável Mundo Novo. Esse eu achei demais que até a Pitty tivesse lido e eu não. Tô na metade, e tô adorando.
Exemplo 4: Kafka - A Metamorfose. Esse eu li dois anos atrás, mas também só porque parecia que o mundo inteiro leu esse livro -exceto eu.
Exemplo 5: Carlos Drummond de Andrade - qualquer poesia. Acredita que até hoje eu tenho que pensar prá não confundir Carlos Drummond com Santos Dumont? Não me perguntem por quê. Acho que é trauma de infância.
Exemplo 6: Orwell - 1984. Amo de paixão o Orwell, mas ironicamente, 1984 eu não li. Quer dizer, cheguei na metade, é realmente bom. Esse é mais um que fica prá minha cota de 2010.
_ouvindo Lords Of Acid - Show me your pussy_