Eu amo e desamo com uma rapidez magnânima. Aí vem os xiitas e falam "ah, mas se passou rápido assim e sem mais nem menos, não era amor".
E eu digo: era sim. Só que um tipo de amor exclusivamente meu, que nem eu entendo.

No MSN, então, é onde mais acontece. Eu conheço uma pessoa e passo a amá-la em uma ou duas noite. Acho que é porque no MSN você não tem outra opção, a não ser conversar (ou jogar damas, mas isso não vem ao caso). E eu aaaamo, juro que amo, falo que amo e depois de dois meses, puft!, adiós, muchacho. A fila anda, mas não sei porque andou no seu caso.

Mês passado tinha um punhado de pessoa que eu amava no MSN (tanto da cidade, da faculdade como de blogs, orkuts e gente assim que nunca vi na vida). Hoje? Todos bloqueados. Encheu o saco. Quando olho no celular e vejo que é ele/ela ligando, não atendo. Depois mando mensagem falando "pô, foi mal, tava na biblioteca".
Esse é um dos grandes motivos pelo qual parei com MSN: as pessoas perdem a graça. E acabo cortando relações, melhor dizendo, deixando morrer a relação com pessoas muito legais que nada têm a ver com meus sentimentos relâmpagos.

Quando eu falo que amo não é que tô mentindo. Na hora que eu falei que amo, eu amo mesmo, acabou. O duro é depois. E o pior: a pessoa continua me adorando e eu lá, só tolerando. Me sinto um lixo humano, uma usurpadora mexicana da pior estirpe.
Espero que não seja a única com esse tipo de coisa. Amar eu amo, mas depois... pop! goes the weasel.

_Supergrass - Kiss of life_