Sabedoria in vitro e com conexão ADSL

Eu tô cansada de pessoas limitadas. Cansada de gente que não entende do mundo, que não entende de pessoas, que não entende da vida dos tamanduás-bandeira da Guatemala.
Ok, estou sendo um pouco dura demais. O que eu quero dizer é que apesar de todos nós sabermos que o mito "o homem só usa dez por cento do cérebro" já caiu por terra a algum tempo, muitas vezes nos portamos como se esse mito fosse verdade.
Dá uma olhada no tanto de informação a que temos acesso, cara. Até mesmo em casa, com seu computador velho e sua conexão discada e lenta. Se alguém tiver uma dúvida sobre a vida dos... er, tamanduás-bandeira, vai num site de busca e digita "tamanduá-bandeira". Pronto, você tem a ficha inteira do bichinho, em menos de um minuto. Se você sempre vê na TV "Hezbollah ataca Israel", "líder do grupo xiita Hezbollah aquilo", é só digitar "hezbollah" em qualquer site de busca e você vai ter inúmeros dados sobre o tal grupo.
E o que nós fazemos com essa informação?
Ah... nada! Absolutamente NADA!
Temos o mundo inteiro na ponta dos nossos dedos (ou quase isso) e não nos interessamos por nem um terço do tanto de informação que isso poderia proporcionar.

Eu sou a favor da sabedoria, da informação. E, prá mim, é de pequenino que se torce o pepino. Não que tenhamos que entupir as crianças de enciclopédias sobre doenças crônicas do rim e suas curas, nada disso. Mas acostumar os pequenos (e, quem sabe, os grandes também) a pesquisar, a se informar, a ler sobre qualquer assunto que os interesse. É importante associar a idéia do computador à informação, e não apenas à fotologs e ao site oficial da Avril Lavigne.

Se a gente educar e informar essa geração que já nasceu sabendo lidar com Internet Explorer e conexão ADSL, quem sabe conseguimos torná-los melhores pessoas do que somos nós, da época do (extinto) DOS.
Afinal, nunca vi ninguém morrer por excesso de informação, só por falta da mesma.