[ segunda-feira, setembro 10, 2007 ]


Era uma vez uma muleta. O dono dessa muleta usava sapatos bonitos, porém apertados demais. Quando a dor pegava de jeito o coração pé desse dono, ele rapidamente recorria ao apoio da boa e velha muleta. Apoiava-se nela até o pé parar de doer. As vezes era por uma semana inteira, as vezes por um dia, as vezes só por algumas horas. Mas a muleta sempre estava lá, a apoiar e a conversar com o dono:
- Por que você não se livra de vez desses sapatos?

A muleta já viu muitos sapatos no pé desse dono. Já viu sapatos morenos, sapatos loiros, sapatos magrinhos, sapatos peitudos. Apenas a velha dona muleta continuava a mesma, sempre aliviando a dor de um pé cansado.
O problema é que depois de usada, a muleta era guardada numa linda caixa. Não que fosse um dilema gigantesco para o dono, afinal, é para isso que as muletas servem, apesar de ver na muleta uma grande amiga. Mas ela se sentia abusada, se sentia sozinha porque sentia que, sem dores no pé do dono, ela nunca teria valor real. Ser útil para alguém em momentos de dor é algo nobre, mas implica inutilidade em momentos de gozo.
Não que exista remédio para dor no coração pé, mas ter onde apoiar quando dói é uma ajuda fabulosa.

Triste tornou-se a muleta. Amargou por ouvir mais lamentos que risadas, amargou por ser guardada na caixa escura, amargou pela ironia de ser um objeto de apoio mas que, por si só, não tem onde se apoiar. Tanto amargou que acabaram de encontrá-la numa esquina fria, com catinga de álcool e nariz sujo de pó.

Quem foi que disse que objetos inanimados não têm problemas pessoais?


.uh-la-la by Bel. -



 

.Quem?.
--- Bel, 21 anos, santista exilada nesse inferno chamado Goiás desde os 17. Universitária indecisa, muita farra, muitas muitas muitas responsabilidades, racional, dona do próprio nariz, pessimista segundo os amigos e meio lôca das idéias por consenso geral.
Dispenso egos maiores que o meu, não dou a mínima para sarcásticos de meia-tigela e não me impressiona cabelo moderno, nem carro bonito, nem barriga sarada, nem punks de argolinha no nariz e luvinha listradinha, nem regurgitação de cultura medíocre e intelecto passivo vindo da boca de gente mais fútil e vaidosa que eu. É, eu sou um porre.
Humor oscilante, possuo opiniões meio fortes e extremistas que não, você possivelmente não vai gostar. Ainda assim, como todo ser humano normal, também tenho fotolog e orkut


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O MSN é só você pedir que eu passo. Isso se eu gostar de você, claro.


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